sábado, 7 de janeiro de 2012

O Cristão e o Entretenimento



Pessoas, em nome da "liberdade", frequentemente deixam boas igrejas fundamentalistas e crentes na Bíblia, para se associarem a uma das congregações “mais frouxas e que deixam o barco correr sem amarras” e que abundam nestes tempos finais de apostasia. Normalmente, elas são relaxadas fielmente em comparecerem e se comprometerem e engajarem activamente na igreja, colocando mais ênfase sobre a recreação e relaxamento familiar, sobre os desportos e grandes actividades fora das portas do prédio da igreja assim como variedade de actividades sem conexão com o culto a Deus.

Trocam seus vestidos femininos por calças e outras vestimentas imodestas, mesmo juntando-se à multidão semi-nua nas praias. Eles trocam os antigos hinos de fé pela música de “louvor” carismático jazístico e pelo rock “cristão”. Elas desenvolvem uma atitude descuidada a respeito da doutrina, enfatizando, ao invés, o “amor” e a “unidade”. Suas simpatias ecuménicas aumentam dramaticamente, assim como sua aversão à separação bíblica. Quando inquiridos sobre a mudança, eles testificam: “ Eu sinto mais liberdade agora, mais amor. Estou a divertir-me. Estou contente por me livrar do legalismo. Não ouço críticas na minha igreja. Ninguém julga o que outros fazem.”

A longo dos anos tenho testemunhado com tristeza vários amigos cristãos que foram capturados por essa armadilha da carne.

Eles estão confusos sobre a natureza do Cristianismo Bíblico. Considere os seguintes pregadores encontrados na Bíblia.

 Porventura uma pessoa que se focaliza em liberdade e em entretenimento estaria confortável perante tal pregação?


TIAGO
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4


JOÃO, O DISCÍPULO
“15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” 1Jo 2:15-17


JOÃO, O BATISTA
“7  E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; 9 E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” Mt 3:7-10


PEDRO
“14 Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; 16 Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. 17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,” 1 Pe 1:14-17 ACF


PAULO
“6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7 Portanto, não sejais seus companheiros. 8 Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz 9 (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); 10 Aprovando o que é agradável ao Senhor. 11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.”
Efésios5:6-11

“11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, 12 Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, 13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; 14 O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” Tt 2:11-14


Esses homens não me parecem como os tipos de sujeitos da moderna liberdade-entretenimento. Eles pregam o libertar-se da eterna destruição através do sangue de Cristo, mas não pregam liberdade para viver como lhes agrada. O termo “liberdade” é usado desses dois modos diferentes no livro de Gálatas. Paulo se refere à liberdade do crente de um evangelho de obras (Gal. 2:4), mas ele adverte sobre o uso da liberdade cristã como uma “ocasião para a carne.” :
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. NÃO USEIS ENTÃO DA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO À CARNE, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (Gl 5:13)

O cristão não tem liberdade para andar em qualquer tipo de iniquidade, nenhuma liberdade para a imoralidade, nenhuma liberdade de servir ao mundo. Para o cristão da liberdade-entretenimento, sua liberdade pessoal é o objectivo que ele põe em primeiro lugar nas decisões que toma em sua vida diária. Para o cristão crente na Bíblia, agradar a Deus e edificar o povo de Deus e a salvar os não salvos é o objectivo que ele põe em primeiro lugar.

Não há, na Bíblia, nenhuma ênfase sobre o “entretenimento”. A ênfase é sobre o arrependimento, a fé, a obediência, a extrema vigilância espiritual, e a separação imaculada do mundo.·

Os pregadores da Bíblia citados anteriormente parecem como os homens crentes na Bíblia da moda antiga das gerações passadas que se defendiam contra o pecado e chamavam o povo de Deus à santidade e a separação desse mundo perverso. O cristão mundano médio de hoje não ficaria confortável com esse tipo de pregação. Se esses santos homens de antigamente estivessem diante deles e pregassem o que registarmos em nossas Bíblias, sem dúvida eles seriam chamados de julgadores e de fariseus legalistas que odeiam o entretenimento.


Infelizmente, aqueles que estão clamando por liberdade e entretenimento estão descritos em Timóteo 4:3-4 “ Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.”


Eles procuram mestres que preguem um Cristianismo positivo e sem julgamento, que os encorajará em sua idolatria por “entretenimento” e seus ganhos de “liberdade” carnal.

Consideremos aqueles versículos em seu contexto:

1 CORÍNTIOS 6:12-13 - “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. 13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o SENHOR para o corpo.”

1 CORÍNTIOS 10:23-24 - “ Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.  Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.”

Esses versos são frequentemente usados de forma distorcida hoje por aqueles que desejam liberdade para preencher seus desejos carnais. Isto nos faria crer que o apóstolo Paulo está dizendo que o cristão tem liberdade para usar roupas imodestas e assistir a filmes indecentes e aparecer quase nu na praia e ouvir pervertida música de rock e seguir qualquer um que diga “amo Jesus”, independente de suas crenças doutrinárias, etc.

[Porventura] é isso que o Espírito Santo quis dizer através de Paulo pela frase "todas as coisas me são lícitas"? De jeito nenhum! Obviamente há limitações à liberdade cristã.
 As Escrituras do Novo Testamento, de facto, colocam grandes limites sobre nossa “liberdade”: Não somos livres para cometer fornicação (1 Cor. 6:16-18; 1 Tess. 4:3-6), nem para estar envolvidos com qualquer iniquidade (1 Tess. 4:7), nem ser companheiros de qualquer tipo de obras infrutíferas das trevas (Ef. 5:11), nem para permitir qualquer comunicação corrupta que proceda de nossas bocas (Ef. 4:29), nem permitir qualquer imundície da carne ou do espírito (2 Cor. 7:1), nem se envolver com qualquer coisa que tenha a mera aparência do ma l(1 Tess. 5:22), nem de amar as coisas que estejam no mundo (1 João 2:15-17), nem agir como amigo do mundo(Tiago 4:4), nem de se vestir imodestamente (1 Tim. 2:9), etc.

O que, então, o apóstolo quis dizer?

 Ele quis dizer que o cristão foi liberto pelo sangue de Cristo, liberto do salário do pecado, liberto da condenação da lei, liberto das cerimónias da aliança mosaica, mas não está livre para pecar nem está livre para fazer qualquer coisa que não seja [espiritualmente] proveitoso ou edificante.

Paulo se explica perfeitamente em ambas as passagens. Em I Coríntios 6:12-13, ele usa o exemplo de comer carne em I Coríntios 8:1-13 e 10:23-28 ele usa o exemplo de comer coisas que foram oferecidas a ídolos.
Em todas as coisas como essas, o cristão é livre porque são assuntos em que a Bíblia silencia. Não há restrições dietéticas para o cristão do Novo Testamento como havia sob a Lei Mosaica. Não devemos temer ídolos; sabemos que eles não são nada. Este é o tipo de coisa que Paulo se refere em I Coríntios, se só lhe permitirmos explicar-se no próprio contexto, ao invés de tentar dar algum significado estranho às suas palavras, o que encheria a Bíblia de contradições.

Paulo se refere exactamente às mesmas coisas em Romanos cap.14. O cristão é livre das leis sobre comer e guardar dias santos (Rm 142-6). Não devemos nos julgar mutuamente sobre esses assuntos, porque esses são assuntos em que a Bíblia é silente nessa despensação.
Isto não significa que não devamos julgar nenhuma coisa e que sejamos livres para fazer qualquer coisa que nos agrade. Quando a Bíblia falou sobre alguma coisa, nossa única liberdade é obedecer.


Edna Caetano e Erick Caetano


2 comentários:

  1. Muito bom trabalho. Gostamos muito. Deus vos abençoe

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  2. "Eles trocam os antigos hinos de fé pela música de “louvor” carismático jazístico e pelo rock “cristão”."

    Por que devo me apegar a antigos Hinos somente? Por acaso Deus parou de inspirar seus filhos na época atual para compor louvores?
    Ou será que só a sua forma de louvar é a correta?
    Rock, jazz , seja la o que for...são apenas ritmos ...Não devemos desprezar hinos antigos, com certeza, pois fazem parte da historia da igreja , mais achar que só eles devem ser entoados é parar na história...é dizer que Deus não inspira mais ninguém a compor novas canções, Ora o próprio salmista diz "Cantai ao Senhor um cantico NOVO"...

    Ora, O Culto a Deus se resume a princípios como Oração, Palavra, partir do pão e Comunhão... isso são princípios, inegociáveis , porem a forma de expressão do culto varia de acordo com a cultura e de acordo com o Tempo. Não devemos criar uma guerra no culto dizendo que a nossa forma de expressão é a melhor , mas devemos ver e analisar a realidade da comunidade local..e ver o que é melhor para o crescimento do corpo...as vezes serão hinos antigos...as vezes louvores atuais...

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